Pular para o conteúdo principal

Sobre Metas e Avaliações de Desempenho

Conversava hoje com um amigo sobre definição de metas e objetivos para empregados.
Comentávamos que muitas empresas definem os objetivos do empregado de uma forma muito errada:
  • Não-mensuráveis: sem uma forma prática de medir o quanto da meta foi atingida
  • Sem prazos: metas que não tem prazo a ser cumprido ou, o que é pior, com um prazo errado
  • Não-funcionais: objetivos sem nenhuma outra função que não seja preencher uma avaliação de desempenho
Sobre este último ponto, vale destacar o que acontece na empresa deste meu amigo.
As metas são semestrais ou anuais. O chefe dele se reune com ele no final de cada avaliação, para que lhe seja dado um feedback sobre o trabalho realizado para cumprir (ou não) cada um dos objetivos propostos.
Além dessa reunião, o chefe dele costuma se reunir a cada 3 meses para verificar o andamento das metas, para que o funcionário saiba se está no caminho certo para atingir o objetivo ou, ainda, dar um puxão-de-orelha para que o objetivo final acabe sendo cumprido.

Comecei a pensar que, quando os gestores tomam este tipo de iniciativa, os funcionários acabam tendo mais motivação, mais respeito pelo seu superior e, ainda, maior noção do que o chefe acha do seu trabalho.
Como já escrevi aqui algumas vezes, um dos principais desafio dos gestores é motivar a sua equipe, e creio que um dos principais pontos para conseguir isto é o diálogo entre o superior e os seus subordinados. Conversas informais ajudam, mas uma conversa formal a cada 3 meses (no máximo), é simplesmente FUNDAMENTAL. Projetos, tarefas, reuniões ou falta de feedback de um superior não é desculpa para que um gestor possa desempenhar esta tarefa, ele não pode esquecer que ele é a cabeça de uma equipe, e corpos-sem-cabeça tendem a ir para rumos diferentes do desejado.
Além disso, uma reunião de feedback não serve apenas para o funcionário, serve também para que o gestor saiba o que os seus comandados acham do trabalho e do comando que ele está realizando.

Postagens mais visitadas deste blog

Pensar primeiro em Mobile deixou de ser o futuro, é o presente

O legal de estar em um evento de desenvolvedores mobile é que tu acaba ouvindo coisas óbvias sobre comportamento de usuário que geralmente não nos demos conta. Desenvolvo aplicativos Web desde 1999. Em 1999 tínhamos a seguinte situação no Brasil: A tecnologia móvel estava no início da era digital, com as tecnologias GSM e CDMA Os aparelhos serviam basicamente para 3 coisas: fazer ligações, enviar mensagens SMS e jogar Snake. O Nokia 6160 e o Motorola Startak eram o topo de linha! A Internet (discada) custava em torno de 40 reais por um plano de 56Kbps (a ser pago ao provedor), além do custo da ligação pelo modem Yahoo! era o melhor buscador, copiando o modelo de catálogo que os usuários estavam acostumados desde o tempo das listas telefônicas Utilizávamos o ICQ e e-mail para comunicação, os arquivos eram armazenados localmente e usávamos computadores que não podiam ser carregados facilmente para todos os lugares. Sites de notícias tinham o mesmo modelo dos jornais: uma c...

Sobre o Terra no FISL 9.0

Fui ao Fórum Internacional de Software Livre (FISL) entre os dias 17 e 19 deste mês como participante em algumas palestras e como funcionário do Terra para esclarecer algumas dúvidas no Stand que lá foi colocado. Percebi que várias pessoas não entendiam o que o Terra estava fazendo lá visto que, na visão deles, o Terra não incentiva o uso do Software Livre nem tenta facilitar a vida dos usuários dos sistemas livres. Fato este percebido nitidamente no Terra TV , que ainda não suporta o sistema Linux. Como muitos me perguntaram isto, e como vi alguns sites na Internet criticando, coloco abaixo as considerações sobre estes pontos: Mais de 90% da infra-estrutura de back-end do Terra tem SL (software livre) como base. As equipes de tecnologia do Terra já apresentaram "bug-reports" e "patches" consistentes para melhorias dos sistemas Postfix, Wordpress, Squid, VFS, NFS, Kernel do Linux e módulos do Apache. Entretanto, foram feitas anonimamente, não citando o nome da empre...

Post sobre as plataformas do Google

O conteúdo abaixo é resultado de um post de um funcionário do Google, publicado acidentalmente para todos no Google+. Ele comenta, primeiramente, sobre a forma de contratação da Amazon, o micro-gerenciamento realizado por Jaff Bezos na mesma companhia, e depois começa a falar sobre alguns problemas do Google, por exemplo: Uma coisa que o Google não faz bem é "plataformas" Google+ é um exemplo de como o Google não entende como fazer uma plataforma (desde os executivos até os funcionários). O post é longo, mas vale a pena a leitura para quem gosta de assuntos como: criação de plataformas tecnológicas e bastidores de empresas do Vale do Silício Stevey's Google Platforms Rant I was at Amazon for about six and a half years, and now I've been at Google for that long. One thing that struck me immediately about the two companies -- an impression that has been reinforced almost daily -- is that Amazon does everything wrong, and Google does everything right. ...