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Sobre Metas e Avaliações de Desempenho

Conversava hoje com um amigo sobre definição de metas e objetivos para empregados.
Comentávamos que muitas empresas definem os objetivos do empregado de uma forma muito errada:
  • Não-mensuráveis: sem uma forma prática de medir o quanto da meta foi atingida
  • Sem prazos: metas que não tem prazo a ser cumprido ou, o que é pior, com um prazo errado
  • Não-funcionais: objetivos sem nenhuma outra função que não seja preencher uma avaliação de desempenho
Sobre este último ponto, vale destacar o que acontece na empresa deste meu amigo.
As metas são semestrais ou anuais. O chefe dele se reune com ele no final de cada avaliação, para que lhe seja dado um feedback sobre o trabalho realizado para cumprir (ou não) cada um dos objetivos propostos.
Além dessa reunião, o chefe dele costuma se reunir a cada 3 meses para verificar o andamento das metas, para que o funcionário saiba se está no caminho certo para atingir o objetivo ou, ainda, dar um puxão-de-orelha para que o objetivo final acabe sendo cumprido.

Comecei a pensar que, quando os gestores tomam este tipo de iniciativa, os funcionários acabam tendo mais motivação, mais respeito pelo seu superior e, ainda, maior noção do que o chefe acha do seu trabalho.
Como já escrevi aqui algumas vezes, um dos principais desafio dos gestores é motivar a sua equipe, e creio que um dos principais pontos para conseguir isto é o diálogo entre o superior e os seus subordinados. Conversas informais ajudam, mas uma conversa formal a cada 3 meses (no máximo), é simplesmente FUNDAMENTAL. Projetos, tarefas, reuniões ou falta de feedback de um superior não é desculpa para que um gestor possa desempenhar esta tarefa, ele não pode esquecer que ele é a cabeça de uma equipe, e corpos-sem-cabeça tendem a ir para rumos diferentes do desejado.
Além disso, uma reunião de feedback não serve apenas para o funcionário, serve também para que o gestor saiba o que os seus comandados acham do trabalho e do comando que ele está realizando.

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