Pular para o conteúdo principal

Diário de San Francisco (XVI) O último texto sobre a viagem

Deixei San Francisco com impressão de ter cumprido 95% do que tinha de fazer aqui.
Tirando um pequeno detalhe, quase todas as coisas que tinha de fazer no projeto que estava trabalhando foram realizadas.
Algumas coisas sentirei falta daqui:

  • O pessoal da empresa onde eu estava (pessoas muito simpáticas, atenciosas, profissionais e amigas)
  • O Chatz do café, que quando eu chegava pela manhã nem perguntava o que eu queria e já pegava o copo para fazer um bom Capuccino.
  • O Grego do mercado (que depois descobri que é libanês), que sempre nos atendia com muita simpatia também
  • O Máximo e a "Dinada", um casal de italianos que possui um restaurante chamado Pazzia. O Máximo é o dono e a "Dinada" trabalha lá também. Ela ganhou este apelido porque, quando descobriu que éramos brasileiros, ao falar obrigado ela respondia "Dinada".
  • Atravessar a rua na faixa de segurança e os carros te respeitarem
  • Falar "sorry" e "excuse me"
  • Caminhar TODOS os dias pela Market Street e pela Union Square. Tem a Andradas e a Praça da Alfândega, mas realmente não se compara
  • Ver o Obama todos os dias na TV explicando alguma coisa
  • Subir as escadas da empresa. Não, disto não sentirei falta alguma.
  • Ouvir o " com saudade" dos filhos.
  • Conversas com os taxistas de nacionalidades diferentes (africanos, turcos, árabes, iranianos, brasileiros, etc.)
  • Passear e caminhar pelas ruas à noite sem preocupação em ser assaltado
  • Frio
  • Tomar banho dentro de uma banheira
  • Assistir Lost e House ao vivo na TV

Espero realmente um dia voltar para San Francisco. Enquanto escrevo isto e olho para a cidade, sinto que não é um "adeus" e, sim, um "até logo".

Miami

Uma pena que não conheci a cidade de Miami (apenas o aeroporto), mas já deu para sentir que troquei de país.
Ao invés de inglês, o idioma aqui é espanhol. Ao invés de silêncio, balbúrdia no aeroporto.
Ou seja, estava quase me sentindo em casa!

São Paulo

Primeiro uma fila para mostrar o passaporte, depois tentar achar as malas.
Depois de descobrir que os caras separaram uma das minhas malas e colocaram fora da esteira, fui para a fila da Receita Federal.
Passei lotado pela Receita (não tinha nada a declarar mesmo) e fui levar as minhas malas para a TAM.
Ao colocar a mala, vi que o cara da TAM colocou um lacre em uma das minhas malas. Achei estranho pois tinha cadeado as duas malas. Assim, vi que o departamento de Estado americano achou que a minha mala tinha uma bomba e, assim, resolveu abrir e dar uma olhada. Ainda bem que tinha comprado um cadeado "airport-friendly", e eles só abriram o cadeado, olharam e ainda deram uma arrumada nas minhas coisas.

Porto Alegre

O vôo São Paulo-Porto Alegre para mim foi um bônus. Depois de tanto tempo no aeroporto, parece que só subi e desci. Uma hora é bem tranquilo. Cheguei e fui direto para um churrasco feito pelo meu irmão (obrigado Jones) e tentar recuperar o tempo perdido com os filhos e a família.

Com isto, chega ao fim a série: Diário de San Francisco. Obrigado a todos pela visita no Blog.

Postagens mais visitadas deste blog

Pensar primeiro em Mobile deixou de ser o futuro, é o presente

O legal de estar em um evento de desenvolvedores mobile é que tu acaba ouvindo coisas óbvias sobre comportamento de usuário que geralmente não nos demos conta. Desenvolvo aplicativos Web desde 1999. Em 1999 tínhamos a seguinte situação no Brasil: A tecnologia móvel estava no início da era digital, com as tecnologias GSM e CDMA Os aparelhos serviam basicamente para 3 coisas: fazer ligações, enviar mensagens SMS e jogar Snake. O Nokia 6160 e o Motorola Startak eram o topo de linha! A Internet (discada) custava em torno de 40 reais por um plano de 56Kbps (a ser pago ao provedor), além do custo da ligação pelo modem Yahoo! era o melhor buscador, copiando o modelo de catálogo que os usuários estavam acostumados desde o tempo das listas telefônicas Utilizávamos o ICQ e e-mail para comunicação, os arquivos eram armazenados localmente e usávamos computadores que não podiam ser carregados facilmente para todos os lugares. Sites de notícias tinham o mesmo modelo dos jornais: uma c

Notas de Leitura - Por que os Generalistas vencem em um mundo de Especialistas

No final do ano passado me deparei com uma sugestão no site da Amazon do livro "Por que os Generalistas vencem em um mundo de Especialistas", de David Epstein. Como o título me chamou a atenção, pois me considero muito mais uma pessoa Generalista do que um Especialista em si, resolvi lê-lo e coloco aqui minhas impressões. Basicamente o autor tenta mostrar que as pessoas podem ter sucesso das duas formas. Para isto ele cita os exemplos clássicos do esporte. Primeiro Tiger Woods, um golfista que foi treinado desde cedo pelo seu pai (dizem que começou a dar tacadas aos 2 anos de idade) e se tornou o golfista mais vencedor da história! Um treinamento dedicado durante toda a sua vida o levou a atingir o topo do esporte (ignorando os problemas da vida pessoal dele, claro)!  O segundo exemplo é do tenista Roger Federer. Federer começou tarde no tênis, primeiro experimentou vários outros esportes e, apenas as 14 anos, começou a treinar com mais dedicação. Inclusive Federer comenta qu

Buscando e retendo talentos sem o hype da tecnologia

Como engajar novos e atuais colaboradores da área de tecnologia se o negócio não requer tecnologias de ponta (Hype)? Esse é um dos grandes desafios de muitas empresas e vamos falar mais sobre ele. Aquecimento do mercado de trabalho de TI Com as mudanças geradas nos modelos de negócio do mundo todo, em quase todos os segmentos, muitas empresas voltaram seus olhos para a TI. Sejam lojas que precisaram  voltar a sua estratégia para o e-commerce (uma vez que os negócios físicos ficaram impedidos de abrir) ou mesmo indústrias que, em tempos de contenção, precisaram reduzir seus custos operacionais. Este tipo de movimento do mercado em busca de tecnologias também gera outro efeito colateral: o aquecimento de oportunidades e posições de profissionais de diversas áreas da Tecnologia da Informação (TI), às vezes os mesmos profissionais que foram dispensados na primeira semana de pandemia, onde não se sabia muito bem qual estratégia traçar.  Brotam de um lado recrutadores com vagas cheias de des