Pular para o conteúdo principal

TV aberta tem futuro?

A TV aberta é um dos principais meios de entretenimento da população brasileira. Apesar de termos quase 6 milhões de usuários de TV por assinatura, ainda não se comparam com 180 milhões de usuários da TV aberta.
Mas a "TV democrática" pouco evoluiu a sua programação nos últimos anos. A Rede Globo continua praticamente com a mesma programação de 20 anos atrás. Basicamente:
  • Programação infantil pela manhã
  • Jornal do meio-dia
  • Novela repetida, vídeo show e a sessão da tarde
  • Novelas até as 22h (com um intervalo para o Jornal da noite)
  • Um seriado/filme ou um programa ligth depois da novela das 22h
Esta fórmula, entretanto, é mantida porque faz sucesso. O público já está acostumado e aceita isto muito bem. Por isto é mantida.
Por isto, resolvi dar uma olhada no que as outras emissoras estão fazendo para tentar ganhar a audiência da Rede Globo (a eterna líder do Ibope) no horário que estou em casa para ver TV (depois das 21h).
Por exemplo, a Record resolveu apostar em seriados para ganhar a audiência dos espectadores após as 22h. Com isto, neste horário ela entra com Life, Ídolos (American Idol), Dr. House (House M.D.), CSI, CSI Miami, Monk, além de "O Aprendiz" (com o grande Roberto Justos). Uma fórmula que dá certo, visto que neste horário o público-alvo aceita bem.
A Band ainda está um pouco atrás disto tudo, mas tem acertado com o CQC nas segundas-feiras que, na minha opinião, é o melhor programa de humor-jornalístico do momento.
O SBT, que nos últimos anos viu sua audiência migrar para a Record, relançou a novela Pantanal e parece que ganhou alguma audiência (não consigo entender ainda o motivo), mas ultimamente a emissora do Baú não consegue inovar. Ou melhor, a única inovação que ela conseguiu foi lançar a pequena Maísa, que fez sucesso apenas após ter as suas gafes publicadas em vídeo no YouTube! e, com isto, ganha a audiência das crianças e dos adolescentes (que acabam gravando o programa para colocar algum vídeo engraçado dela).

Enfim, creio que as opções da TV aberta ainda são poucas. Gostaria muito de ver um bom seriado nacional ser lançado em horário-nobre. Hoje, por enquanto, o único seriado interessante que passa neste horário em formato semanal é "A Grande Família". Será que algum dia teremos uma produção nacional em formato de série que faça o sucesso que as séries americanas fazem?
Será que algum dia teremos, na maior emissora brasileira, uma alteração que retire uma das novelas da noite e passe seriados durante a semana?
Realmente não sei, mas quem sabe alguém não aposte nisto? Talvez isto possa fazer com que uma TV aberta, com um formato novo, possa conquistar e, até, derrubar a Rede Globo!

Postagens mais visitadas deste blog

Notas de Leitura - Por que os Generalistas vencem em um mundo de Especialistas

No final do ano passado me deparei com uma sugestão no site da Amazon do livro "Por que os Generalistas vencem em um mundo de Especialistas", de David Epstein. Como o título me chamou a atenção, pois me considero muito mais uma pessoa Generalista do que um Especialista em si, resolvi lê-lo e coloco aqui minhas impressões. Basicamente o autor tenta mostrar que as pessoas podem ter sucesso das duas formas. Para isto ele cita os exemplos clássicos do esporte. Primeiro Tiger Woods, um golfista que foi treinado desde cedo pelo seu pai (dizem que começou a dar tacadas aos 2 anos de idade) e se tornou o golfista mais vencedor da história! Um treinamento dedicado durante toda a sua vida o levou a atingir o topo do esporte (ignorando os problemas da vida pessoal dele, claro)!  O segundo exemplo é do tenista Roger Federer. Federer começou tarde no tênis, primeiro experimentou vários outros esportes e, apenas as 14 anos, começou a treinar com mais dedicação. Inclusive Federer comenta qu

Pensar primeiro em Mobile deixou de ser o futuro, é o presente

O legal de estar em um evento de desenvolvedores mobile é que tu acaba ouvindo coisas óbvias sobre comportamento de usuário que geralmente não nos demos conta. Desenvolvo aplicativos Web desde 1999. Em 1999 tínhamos a seguinte situação no Brasil: A tecnologia móvel estava no início da era digital, com as tecnologias GSM e CDMA Os aparelhos serviam basicamente para 3 coisas: fazer ligações, enviar mensagens SMS e jogar Snake. O Nokia 6160 e o Motorola Startak eram o topo de linha! A Internet (discada) custava em torno de 40 reais por um plano de 56Kbps (a ser pago ao provedor), além do custo da ligação pelo modem Yahoo! era o melhor buscador, copiando o modelo de catálogo que os usuários estavam acostumados desde o tempo das listas telefônicas Utilizávamos o ICQ e e-mail para comunicação, os arquivos eram armazenados localmente e usávamos computadores que não podiam ser carregados facilmente para todos os lugares. Sites de notícias tinham o mesmo modelo dos jornais: uma c

Buscando e retendo talentos sem o hype da tecnologia

Como engajar novos e atuais colaboradores da área de tecnologia se o negócio não requer tecnologias de ponta (Hype)? Esse é um dos grandes desafios de muitas empresas e vamos falar mais sobre ele. Aquecimento do mercado de trabalho de TI Com as mudanças geradas nos modelos de negócio do mundo todo, em quase todos os segmentos, muitas empresas voltaram seus olhos para a TI. Sejam lojas que precisaram  voltar a sua estratégia para o e-commerce (uma vez que os negócios físicos ficaram impedidos de abrir) ou mesmo indústrias que, em tempos de contenção, precisaram reduzir seus custos operacionais. Este tipo de movimento do mercado em busca de tecnologias também gera outro efeito colateral: o aquecimento de oportunidades e posições de profissionais de diversas áreas da Tecnologia da Informação (TI), às vezes os mesmos profissionais que foram dispensados na primeira semana de pandemia, onde não se sabia muito bem qual estratégia traçar.  Brotam de um lado recrutadores com vagas cheias de des